segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Proteja suas peças de madeira contra cupins

Prevenir a instalação dos cupins em casa não é uma tarefa fácil. Em sua forma adulta eles ganham asas e entram nos ambientes pelas janelas, portas e frestas no telhado, por exemplo. Eles são conhecidos como siriris e aleluias, aqueles bichinhos que ficam voando em torno das luzes. "Os cupins, na época de revoada, entre julho e dezembro, formam casais na luz e vão buscar pela casa buracos para formar seu ninho", explica a especialista Fabiana Casarin. Para evitar que eles entrem na residência, a única medida seria manter a casa fechada durante o período de revoada. Instalar telas nas janelas e portas também pode ajudar.

No caso dos cupins de madeira seca, o casal se reproduz lentamente e somente quatro ou cinco anos depois que eles se instalaram na madeira é possível perceber a infestação. Fabiana Sacarin comenta que as colônias desta espécie costumam ter cerca de 300 indivíduos e o ambiente ideal para seu desenvolvimento são aqueles com oferta de celulose, substância da qual se alimentam.

Os cupins subterrâneos são os mais devastadores. Eles formam suas colônias, que podem chegar a ter 1200 indivíduos, em lugares úmidos, escuros e com celulose. Por isso, subsolos de prédios se tornam ambientes ideias para sua reprodução. Outra característica desta espécie, também conhecida como cupim de solo, cupim de cimento ou cupim de parede, é que, ao contrário dos cupins de madeira seca, os ninhos não são feitos na madeira.

"Muitas vezes o ninho principal está no subsolo do prédio e outro, secundário, andares acima. Este cupim pode andar até 100 metros por galerias que constrói no concreto dando acesso à madeira. Ele se alimenta, depois volta para o ninho e alimenta o restante da colônia", afirma a professora da Unifesp. Por isso, quando alguma peça está infestada por este tipo de cupim, não adianta afastá-la das outras ou jogá-la fora, pois o ninho não está nela.

Carlos Watanabe, engenheiro agrônomo e proprietário da empresa de controle de pragas Termitek, orienta as pessoas a verificar periodicamente se não há umidade nos armários e caminhos de terra nas paredes. Procurar pelos túneis de terra deixados pelos cupins subterrâneos é a melhor forma de identificar uma infestação. Estes insetos também costumam deixar asas nos locais por onde passam. Qualquer material que tenha alguma porção de celulose em sua constituição serve de alimentos para eles, como roupas, papel, papelão e gesso, por exemplo. Portanto, todos os locais com estes itens merecem atenção especial.

Os cupins de madeira seca eliminam resíduos parecidos com grãos de areia. Sempre que você encontrar uma peça de madeira com este tipo de pó ou perceber que ao ser movimentado o móvel solta este resíduo, é sinal de infestação. Cuidado para não confundir uma colônia de brocas com uma de cupins. Quando a peça de madeira soltar um pó parecido com talco fino significa que ela está sendo habitada por brocas, espécie que quando adulta se torna besouro e voa para fora do ninho, desabitando o móvel.

Quando o problema for cupim de madeira seca, existem algumas medidas que os moradores podem tentar antes de recorrer à ajuda profissional. A especialista Fabiana Sacarin recomenda usar produtos específicos para o extermínio de cupins nos móveis infestados. Eles podem ser encontrados no mercado e devem ser aplicados com uma seringa. Você deve procurar orifícios na peça infestada com o auxílio de uma lanterna e utilizar objetos pontudos, como chave de fenda e canetas, para cutucar os buracos. Os cupins abrem os orifícios para eliminar os resíduos da colônia e depois fecham com uma casquinha para evitar a entrada de predadores. Fabiana explica que é preciso romper a casca para introduzir o veneno.

Quando a infestação ocorrer em portas, por exemplo, uma saída é abrir buracos na parte de cima e usá-los para embeber toda a extensão da madeira com querosene, produto que também é capaz de destruir os insetos. No caso de peças pequenas, uma solução é colocá-las no congelador por três ou quatro dias ou na geladeira por uma semana.

Fonte: Site da Bbel

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